sexta-feira, 24 de agosto de 2012

PMDB ignora vídeo de Puccinelli e faz falsa acusação ao Midiamax; veja toda gravação (Pio Redondo)


Leia, assista ao novo vídeo integral e compare com as acusações do PMDB contra a reportagem do Midiamax. A verdade é muito fácil de ser estabelecida.

“Manipulação grosseira”. Assim o líder do PMDB na Assembleia, deputado estadual Eduardo Rocha, desclassificou a reportagem do Midiamax sobre a reunião de Puccinelli com servidores estaduais, publicada na edição de ontem (21/8), na qual um vídeo mostra o governador decidindo votos em vereadores para os funcionários públicos da Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas).

A nota foi além, referindo-se à atuação do governador, na versão do presidente do PMDB estadual, Esaquel Nascimento: “Aquele vídeo não mostra nenhuma pressão por parte do André, ele não estava ali como governador, mas sim como correligionário”, destacou.

Para o deputado estadual Junior Mochi, líder do governo na Assembleia Legislativa, a reunião foi normal: “Além disso, como correligionário, ele fez recomendações daquilo que ele acredita ser o melhor quadro para o grupo político na futura administração e pediu o apoio dos presentes”.

Segundo a nota, a reportagem teve intenção de prejudicar a candidatura de Giroto: “Para os governistas, a denúncia traduz uma tentativa de mácula e reversão do cenário político que aponta preferência pela candidatura de Edson Giroto, candidato peemedebista citado em primeiro lugar nas pesquisas de intenções de voto”.

Talvez a preocupação do PMDB ocorra em função da imensa repercussão nacional da reportagem, em vista do ineditismo da ação do governador que, em alto e bom som, aprovava ou mudava o nome do candidato a vereador citado pelo servidor, num roteiro igual, nome por nome, do começo ao fim de todos os presentes. Eles foram inquiridos pelo correligionário Puccinelli, que às vezes fazia pequenas brincadeiras acompanhadas de risos gerais, a partir de uma lista pré-confeccionada e visível no vídeo. Todos são servidores nomeados, via de regra, por indicação política da base de Puccinelli.

O jornal Folha e São Paulo e outros veículos chegaram a noticiar o fato, depois de acessarem o vídeo de Midiamax.

Em jornalismo, edição de vídeo é parte do trabalho de edição

Em redações os vídeos são normalmente editados para facilitar a compreensão do expectador, e por conta do tempo que consumiriam caso fossem veiculados "brutos", como é o caso do atual vídeo dessa reportagem.

Nela vão ser encontradas as mesmas cenas do vídeo editado, que não teve nenhuma manipulação, a não ser a de selecionar o conteúdo, o que é parte da profissão. Nas redações de televisão existe até a figura do "editor de imagem", que trabalha em conjunto com o "editor de texto".

Mais uma vez, para demonstrar aos dirigentes do PMDB aquilo que eles talvez saibam  bem antes da redação do Midiamax, vamos publicar a íntegra do vídeo de Puccinelli, bruto, como se diz em linguagem televisiva.

Com isso, apenas ficará evidente que o processo de leitura de inquirição dos votos do governador Puccinelli, em defesa da candidatura de Giroto, foi muito mais extenso que o publicado no primeiro vídeo. E até maior que este vídeo atual, com apenas dez minutos, de uma reunião que deve ter demorado mais de hora para terminar.

A versão integral do vídeo será periciada pela Polícia Federal, que identificará e ouvirá os citados, a pedido do Ministério Público Eleitoral, que obteve autorização da Justiça Eleitoral para realizar este inquérito. O prazo fixado pela Justiça Eleitoral para coleta de depoimentos é de 10 dias.

No entanto, é de se considerar que os comissionados que estavam na reunião, e citados no vídeo integral ficaram em situação difícil porque boa parte surgiu do arco de alianças que agora tem Giroto como candidato a prefeito de Campo Grande.

Sócio fundador do Midiamax vai processar autores da nota ofensiva

Carlos Eduardo Naegele, diretor do Midiamax, lamenta que o deputado Eduardo Rocha e o presidente estadual do PMDB, Esacheu Nascimento, “façam acusações levianas que atentam contra seriedade do Midiamax”.

“O vídeo será submetido à perícia da Polícia Federal por demanda do Ministério Público Eleitoral. Agora, tem mais esse, na íntegra, que não só ratifica a publicação do editado, como acrescenta mais informações à investigação oficial” declarou Carlos Naegele.

E concluiu: “Os dirigentes do PMDB vão responder judicialmente pela acusação infundada!”.


VEJA A ÍNTEGRA DA NOTA DO PMDB

PMDB rebate acusações feitas contra André Puccinelli

O Partido do Movimento Democrático Brasileiro - PMDB e a coligação “Mais Trabalho por Campo Grande” rebateram as acusações feitas contra André Puccinelli, após veiculação de um vídeo manipulado no qual o governador aparece conversando com lideranças, militantes, simpatizantes e filiados do partido as projeções do quadro político para as eleições deste ano.

A edição no vídeo é uma prova clara da tentativa de desmoralização e descrédito da campanha do grupo, sob a alegação de que Puccinelli estaria obrigando eleitores a votar nos candidatos governistas, lideranças do âmbito municipal e estadual do partido manifestaram-se para esclarecer e alertar sobre interesses eleitoreiros por trás das imagens. O presidente estadual do PMDB, Esacheu Nascimento, frisou que a reunião aconteceu no auditório da sede do partido, fora do horário de expediente e que a presença do governador não configurava a atuação de líder do executivo estadual, mas sim como um dos coordenadores do processo de sucessão à prefeitura de Campo Grande e disposição das cadeiras do legislativo municipal. “Aquele vídeo não mostra nenhuma pressão por parte do André, ele não estava ali como governador, mas sim como correligionário”, destacou.

O líder do partido na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado estadual Eduardo Rocha, rebateu as acusações na sessão da última quinta-feira (16). “A reunião foi publica, não temos nada a esconder. Uma reunião aberta onde foram debatidos os rumos do partido na sucessão municipal. O vídeo é uma manipulação grosseira”. O nome do governador também foi defendido pelo deputado Antônio Carlos Arroyo (PR). “Tem muita fantasia nestas denúncias”, resumiu.

Para o deputado estadual Junior Mochi, líder do governo na Assembleia Legislativa, disse que o que as imagens mostram a solicitação de Puccinelli para que os presentes manifestassem suas intenções em relação ao pleito. “Além disso, como correligionário, ele fez recomendações daquilo que ele acredita ser o melhor quadro para o grupo político na futura administração e pediu o apoio dos presentes”, explica.

A presidente do diretório municipal do PMDB, Carla Stephanini, afirmou que “em momento algum as imagens revelaram qualquer indício de irregularidade. O que aconteceu foi uma reunião de militantes onde a campanha eleitoral foi discutida amplamente. A reunião era aberta, a ela teve acesso quem quis. Ninguém foi obrigado a ir”, declarou.

A análise das imagens ainda revela manipulação, por meio da edição de vídeo e o diálogo entre duas pessoas que comentam sobre uma “exoneração”, que em momento algum foi mencionada pelo governador André Puccinelli. O vídeo veiculado não faz qualquer alusão ao fato de que os interlocutores sejam servidores públicos estaduais. A direção do partido informou que a reunião aconteceu nas dependências do diretório, fora do horário de expediente e que os simpatizantes do partido compareceram espontaneamente. Para os governistas a denúncia traduz uma tentativa de mácula e reversão do cenário político que aponta preferência pela candidatura de Edson Giroto, candidato peemedebista citado em primeiro lugar nas pesquisas de intenções de voto.




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