domingo, 20 de maio de 2012

Carlão diz que orientação nacional poderá afastar PSB do PMDB



Marcos Santi
Mesmo com aliança, Carlão afirma que não fará campanha para Antonio João


Presidente municipal do PSB, o vereador Carlão disse que acatará ordem da Comissão Executiva Nacional do PSB, caso o partido envie de Brasília documento solicitando que a legenda apoie o PSD na sucessão de Nelsinho Trad (PMDB). A aliança entre os partidos está sendo articulada pelo senador Delcídio do Amaral (PT) que tenta fortalecer a oposição para levar a disputa pela Prefeitura da Capital ao segundo turno.

Um dos fatores que pode ter reflexo nas articulações em Campo Grande é uma determinação dos presidentes nacionais de PSB e PSD, governador de Pernambuco Eduardo Campos e prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, respectivamente, que prevê aliança entre os partidos nos principais colégios eleitorais do Brasil.

Contudo, caso ocorra a intervenção, Carlão ameaça não entrar na campanha do pré-candidato a prefeito Antonio João Hugo Rodrigues (PSD). “Se chegar um documento nacional do partido falando para apoiar o Antonio João o partido vai apoiar, mas eu não. Isso também vale para o Alcides Bernal [pré-candidato pelo PP] e o Vander [Loubet, pré-candidato pelo PT]”, assegurou.

Próximo de anunciar aliança com o deputado federal Edson Giroto (PMDB), o vereador contestou as declarações do deputado estadual Lauro Davi (PSB). O parlamentar afirmou que Carlão recuou do apoio ao peemedebista depois de levar um “puxão de orelhas” das direções nacional e regional do PSB. “Foi deselegante, não falei com nenhuma das executivas, só com a municipal”, pontuou.

O socialista também afirmou que conta com o aval do prefeito de Dourados, Murilo Zauith, presidente regional do PSB, para definir os rumos do partido na Capital. “Reunimos a comissão municipal e 90% quer ficar com o Giroto. A decisão é de que a aliança com o PMDB é o melhor para o partido crescer”, argumentou Carlão, reiterando que apenas a Comissão Executiva Nacional poderá afastar o PSB do PMDB. “Só se vir ordem de Brasília, ai o partido aceita”, concluiu.


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