quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Eleição acirradíssima em 2010 define siglas de deputados (Paulo Fernandes e Edivaldo Bitencourt)

Giuliano Lopes - Campo Grande News

Deputados fazem cálculos sobre número de votos necessários para se reelegerem


Com expectativa da disputa por uma das 24 cadeiras na Assembléia Legislativa ser uma das mais acirradas na história, os deputados estaduais estão fazendo as contas para definir o futuro partidário em Mato Grosso do Sul. A concorrência está maior na base aliada do Governo, que conta com 20 deputados estaduais e onde ocorre o maior troca-troca.

O acirramento na disputa deverá levar o peemedebista histórico Diogo Tita a trocar de legenda nesta semana. Para ter chance no “chapão” a ser formado pelo PMDB e PR, o candidato deverá ter, no mínimo, 25 mil votos para garantir uma vaga, o peemedebista discute seu futuro político hoje à tarde com o governador André Puccinelli (PMDB).

Apesar de ter convites do PSDB, PV, PSB e DEM, o parlamentar confessou que está de coração partido com a decisão de trocar de legenda. “É o partido do meu coração, onde aprendi a fazer política”, contou Tita, ao confirmar que estuda a desfiliação.

Fator novo – Parlamentares passaram a manhã de hoje fazendo as contas na Assembléia. “Diante do novo cenário, a competição vai ser muito acirrada pelas vagas”, admitiu o líder do Governo na Assembléia, deputado estadual Youssif Domingos (PMDB).

Outro fator que alterou o cenário é a Emenda Constitucional 58, que elevará em 113 o número de vereadores em Mato Grosso do Sul. Alguns deputados ganharam maior cacife eleitoral com a posse dos suplentes, incluindo-se a dos seis em Campo Grande.

Novos atores - Pelas contas feitas na manhã de hoje, a chapa formada pelo PMDB e PR deverá eleger de 10 a 11 deputados, considerando-se a probabilidade de obter 460 mil votos.

Neste cenário, os parlamentares incluíram a eleição de novos deputados estaduais, como a secretária municipal de Ação Social e primeira-dama de Campo Grande, Antonieta Trad, e de Eduardo Tebet .

O PMDB pode não contar com os deputados estaduais Celina Jallad e Akira Otsubo. A primeira deverá ser indicada para uma vaga no Tribunal de Contas do Estado. O segundo poderá disputar o mandato de deputado federal.

Pequenos – O PSDB, numa coligação com o DEM e PPS, poderá eleger quatro deputados. Mais otimistas chegam a prever a eleição de cinco tucanos para o legislativo estadual em 2010.

Presidente regional da sigla, o deputado estadual Reinaldo Azambuja (PSDB) deverá disputar o mandato de deputado federal. Alguns dos quatro deputados do PDT poderão reforçar a sigla no Estado, como Ary Rigo e Onevan de Matos.

Mas os pedetistas também poderão reforçar os quadros do PP, que não possui representante no legislativo estadual, mas conta com o deputado federal Antônio Cruz e dois vereadores na Capital, Alcides Bernal e Lídio Lopes. Bernal é considerado candidato a deputado estadual.

A previsão é de que os pequenos partidos, incluindo-se o PTdoB, que recebeu o ex-tucano Márcio Fernandes, elejam dois deputados estaduais em 2010. Tita poderá ir para um pequeno partido, onde um deputado pode ser eleito se fizer de 12 mil a 15 mil votos, metade do necessário exigido para um sigla grande.

Incógnita – A previsão é de que o PT eleja quatro deputados estaduais em 2010. O partido conta com quatro parlamentares na Assembléia. No entanto, a grande incógnita é se o partido fechará ou não uma aliança com o PMDB, para apoiar à reeleição do governador André Puccinelli (PMDB).

Nesta hipótese, considerada impossível por Zeca do PT, que planeja voltar ao Governo, o chapão formado pelo PMDB poderia eleger até 14 deputados. Se for considerada a inclusão dos deputados do PDT, a grande chapa poderá eleger de 12 a 13 deputados.

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