domingo, 27 de junho de 2010

Em clima de festa, convenção do PDT reúne 3 mil militantes na Capital

Midiamax News
Liziane Berrocal

A convenção do PDT que aconteceu na manhã e parte da tarde de hoje na Associação Nipo Brasileira foi permeada de definições políticas, muito barulho da militância e um fato histórico para a política de Mato Grosso do Sul.

Cerca de 3 mil pessoas compareceram ao evento que uniu lideranças do PDT, PT, PV e PP. Durante a convenção, postulantes da Câmara Federal e Assembleia Legislativa aproveitaram o microfone para discursos que eram limitados a três minutos, nunca respeitado pela maioria dos candidatos.

João Leite Shimidth, presidente de honra do partido direcionou o evento que durou até às 13h30. “Estamos fazendo uma festa da democracia”, disse.

Dagoberto quase não conseguiu iniciar sua fala, devido a bateria de fogos que marcou o início de seu discurso.

O candidato ao senado, Dagoberto Nogueira, enfatizou mais uma vez que a palavra mais gritante dessa campanha será a democracia e criticou o autoritarismo do governador André Puccinelli (PMDB).

Discursando junto à esposa e filha, o deputado federal aproveitou para desabafar os problemas enfrentados por seu partido anteriormente. “As pessoas que diziam que o PDT não ia sobreviver, que achavam que éramos um partido feito por 3 ou 4 pessoas se enganou e a prova está com a presença da nossa militância aqui hoje”, bradou emocionado.

Dagoberto também anunciou que além do nome da professora Gilda dos Santos (PT) na primeira suplência, foi escolhido o nome de Raimundo Nonato do PP para candidato a segunda suplência em sua chapa.

A professora Gilda, em discurso emocionado disse estar honrada em participar do processo democrático em MS. “Tenho em mim o orgulho de ter uma mulher na política, e de ser mulher engajada junto a militância e agora com a nossa candidata a vice-governadora, Tatiana Ujacow”.

"Vou estar junto com Zeca onde ele estiver lutando para que MS seja o estado da inclusão social e respeito ao povo”, declarou Tatiana Ujacow. A advogada e professora da UFMS, foi aclamada candidata ao vice-governo na chapa de Zeca.

“Vamos lutar para dar o pão novo aos sul-mato-grossenses e fazer a inclusão dos excluídos em nosso governo”, enfatizou.

Delcídio do Amaral, candidato a reeleição do senado, ressaltou que é preciso se atentar para uma eleição leal. “Queremos uma eleição com lealdade, não vale baixaria nem canelada”, disse.

O senador aproveitou o discurso para exaltar o nome do presidente da república e a candidata a presidência Dilma Roussef. “Lula foi o melhor presidente que esse país já teve e Dilma não fará diferente”, discursou.

A grande surpresa foi o momento em que o senador Valter Pereira (PMDB) chegou ao evento e inclusive fez uso da palavra para desejar felicidades a caminhada da coligação adversária.

“Estou fazendo uma visita de cortesia, um exercício democrático e com direcionamento do PMDB nacional”, explicou o senador. Valter rompeu politicamente com Puccinelli, devido a divergências partidárias.

“Não descarto a possibilidade de apoiar Dagoberto em sua candidatura, pois o PT e PDT são partidos que historicamente nasceram do Movimento Democrático Brasileiro [hoje o PMDB] e não há porque não estar aqui”, disse.

Apesar de afirmar que não há magoas entre ele e Puccinelli, o senador afirmou que não subirá no palanque peemedebista em MS. “Eu subo no palanque da Dilma”, afirmou incisivo.

Zeca do PT disse que agora é fazer campanha e colocar a militância nas ruas. “Após dia 5 de julho, quando começa efetivamente a campanha. Vamos com a militância para as ruas, rumo à vitória”.

O salão lotado foi tomado por bandeiras, bateria de escola de samba, fanfarras e muito barulho da militância que comemorou o anúncio dos candidatos do PDT e a aliança formada para a campanha deste ano.

Liziane Berrocal

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