sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

André ainda não ouviu justificativas de Nelsinho sobre Dilma



Valdelice Bonifácio
O governador André Puccinelli (PMDB) disse hoje que ainda não conversou com o prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB) sobre a decisão dele de apoiar a ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff à presidência da República.

Ao deixar evento no centro de Convenções Rubéns Gil de Camillo reiterou que só falará sobre política em 31 de março. “Eu não acho nada, não falei com ele [Nelsinho] sobre isso, não pedi nada para ninguém, nem determinei nada para ninguém, só vou falar sobre política em 31 de março”, respondeu diante da insistência dos jornalistas.

Ontem, Nelsinho recebeu um telefonema da ministra em agradecimento a sua posição. O prefeito é cotado para ser um dos articuladores da campanha da ministra na região Centro-Oeste.

À imprensa o prefeito tem dito que não pretende se opor à candidata do PT, porque Campo Grande tem sido beneficiada com recursos pelo governo federal.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

‘Afago’ do governo Lula tem de ser retribuído, avalia Edil


Celso Bejarano Jr. e Valdelice Bonifácio

O vice-prefeito de Campo Grande, Edil Albuquerque, do PMDB,disse nesta manhã que acompanha a decisão política do prefeito Nelsinho Trad, caso este resolva apoiar a candidatura da ministra Dilma Rousseff, à Presidência da República pelo PT.

“Acho que já merece uma retribuição o afago do governo federal”, disse Albuquerque.

O ‘afago’citado pelo vice-prefeito tem a ver com a atenção que o governo de Lula dá a prefeitura de Campo Grande,como a liberação de recurso sempre que solicitada, segundo o vice.

“É hora do agradecimento e temos de retribuir a altura”, disse ele.

Edil Albuquerque criticou os partidos aliados ao PMDB em cobrar logo uma definição quanto às alianças para a eleição deste ano.

É que os partidos coligados ao PMDB de Edil e Nelsinho [PPS, PSDB e DEM] pensam em apoiar o governador José Serra (São Paulo), virtual candidato do PSDB à Presidência.

“Serra não é parte do governo federal, ele governa São Paulo, não é nosso foco”, disse o vice.

Ainda assim, ele não crê em rebeldia por parte dos aliados. Nelsinho Trad não disse até agora nem que sim nem não ao apoio a candidatura de Dilma. Contudo, o seu raciocínio dá uma pista: “não sou contra quem me ajuda”, disse o prefeito, em declaração dada ontem.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Liberação de R$ 55 milhões à Capital pode ser ‘agrado’ eleitoreiro a Nelsinho




Jornalismob.files.wordpress.com e Alessandra de Souza
A ministro Dilma Rouseff, pré-candidata do PT e Nelsinho Trad, prefeito da Capital

Celso Bejarano Jr. e Valdelice Bonifácio

O governo de Lula disponibilizou nesta semana por meio de linha de crédito R$ 55 milhões a prefeitura de Campo Grande, recurso que já pode ser gastado com o projeto conhecido como mobilidade urbana, um plano inventado para melhorar o transporte da cidade.

O dinheiro foi liberado até agora, ano de eleição, para apenas duas prefeituras do país, uma delas Campo Grande, chefiada pelo prefeito Nelsinho Trad, do PMDB e Rio de Janeiro, cuja prefeitura também é comandada por peemedebista.

O benefício, embora o prefeito negue, pode ter interesse eleitoreiro: em troca do programa, Nelsinho Trad pediria votos para a candidata do PT à presidência, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil)

Nelsinho, na verdade, é um antigo aliado do governo Lula. Quando questionado há cerca de três anos pela Casa Civil, se o governo poderia contar com o apoio dele, o prefeito informou que se fosse para favorecer Campo Grande, toparia.

Porém, até aqui nunca Nelsinho admitiu publicamente que apoiaria Dilma para a presidência da República. Mas, por outro lado, ainda não descartou tal hipótese. O prefeito costuma dizer que não quer atrapalhar o projeto de reeleição do governador André Puccinelli (PMDB). Por isso, não dá uma resposta objetiva sobre a questão.

André só se esquiva quando questionado se apoiará Dilma ou o potencial adversário da petista, José Serra (PSDB). Em recente entrevista coletiva, o governador disse que ainda não se definiu porque aguarda as definições no cenário nacional. De fato, nem Dilma e nem Serra até são pré-candidatos oficialmente. Os dois só devem entrar na disputa pra valer em abril, limite para deixarem os cargos que ocupam.

O próprio PMDB é dividido nacionalmente. A cúpula quer se aliar a Dilma e indicar o vice na chapa dela. Mas, há o grupo que defende aliança com Serra e uma pequena corrente que prefere candidatura própria à presidência da República. O governador do Paraná, Roberto Requião, já se apresentou para concorrer ao posto.

As notícias de que o Planalto assediaria prefeitos do PMDB não são novas. De maneira velada, o governo federal cobra a fatura pelas obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e outras melhorias que os prefeitos obtiveram se beneficiando do fato de o PMDB pertencer a base aliada do governo Lula.

Interesses

Apenas dois municípios brasileiros foram favorecidos com o programa nacional batizado de mobilidade urbana até agora, ano de eleição: o de Nelsinho Trad e o do Rio Janeiro, também chefiado por um prefeito peemedebista, o Eduardo Paes.

Embora o prefeito tenha rechaçado a ideia de que o envio do benefício para cá tenha sido fruto de uma ação eleitoreira não consegue descartar o apoio a Dilma.

Nelsinho Trad disse hoje cedo ao Midiamax, por telefone, que sua maior intenção agora é apoiar o governador André Puccinelli, mas fez suspense quanto a sua preferência pela sucessão de Lula. Siga o diálogo.

Midiamax – Bom dia prefeito, verdade que nesta semana o governo federal liberou R$ 58 milhões a prefeitura de Campo Grande, para prefeitura, não para o Estado

Nelsinho Trad – Verdade, não esse valor todo, não. Desse montante, a prefeitura entra com R$ 3 milhões.

Midiamax – Mas o dinheiro será liberado quando?

Nelsinho Trad – Já está disponível, esse recurso vem da linha de crédito Pró-Transporte e nosso projeto será logo posto em prática e comando pelo diretor da Agetran (Agência Municipal de Trânsito), Rudel Trindade.

Midiamax – O governo federal liberou verba a outra cidade com finalidade igual à de Campo Grande, no caso para custear projeto ligado ao trânsito?

Nelsinho Trad – Sim, Rio de Janeiro

Midiamax – Prefeito, a liberação de recurso para Campo Grande, cidade administrada pelo seu PMDB, parece ter uma intenção eleitoreira, não?

Nelsinho Trad – Não, o governo federal tem tratado Campo Grande como sempre, tratado bem?

Midiamax – Sim, mas correm boatos nos bastidores políticos que esse benefício pode ter agido como uma espécie de moeda de troca, com a verba o senhor ficaria quieto na prefeitura, não entraria na disputa por nenhum mandato e ainda apoiaria a ministra Dilma, tem sentido isso?

Nelsinho Trad – Eu agora penso numa coisa: na reeleição do governador André Puccinelli, só isso. Estarei à frente desta disputa, apoiando o André

Midiamax – Sim, o senhor vai apoiar André, mas quanto à disputa à presidência da República, vai apoiar a Dilma?

Nelsinho Trad – Apoio o André, agora a disputa presidencial é outra conversa

Midiamax – Então, apoiará a ministra?

Nelsinho Trad – Como disse, eleição estadual é uma e a disputa, já a outra, para presidente, e outra. Obrigado, bom dia.

O diálogo exibe de maneira clara apenas o apoio a reeleição de André, mas o prefeito não negou que pode apoiar a ministra.

O custo total do programa mobilidade urbana está orçado em R$ 58 milhões, R$ 3 milhões dos quais devem sair dos cofres da prefeitura de Campo Grande, por meio da conhecida contrapartida. Note a importância e o tamanho da ajuda federal: R$ 55 milhões, mais da metade do que Nelsinho Trad planeja arrecadar com o IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) de janeiro a dezembro deste ano.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Nelsinho quer trazer presidente Lula para a Expogrande 2010

O prefeito Nelson Trad Filho anunciou hoje que vai procurar a bancada federal do estado e a Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul) no intuito de trazer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a abertura da 72ª edição da Expogrande, que acontece de 18 a 28 de março, no Parque de Exposições Laucídio Coelho.

Na opinião de Nelsinho, a Expogrande é uma importante vitrine para Mato Grosso do Sul. “Nossa gente é muito trabalhadora e, com a união de todas as classes, vamos impulsionar cada vez mais nossa economia para gerar empregos e renda para todos. Esta é a maior feira da região Centro-Oeste, aqui tem o trabalho de muitas gerações que se comprometeram com o agro-negócio. Esta feira mostra a cultura de nossa gente e é importante a presença do presidente Lula na abertura desta festa”, disse o prefeito, que nos últimos anos tem transferido seu gabinete para a Expogrande, para valorizar o evento e estar mais próximo dos produtores rurais.

A intenção dos organizadores da Expogrande é de que os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e do Paraguai, Fernando Lugo, também estejam em Campo Grande para a cerimônia oficial de abertura. Lula já participou de uma delas, em 2003, no primeiro ano de seu primeiro mandato.

O presidente da Acrissul, Francisco Maia, lembrou que o Governo Federal sempre ajudou na realização da Expogrande e destacou que o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Petrobras e o Banco do Brasil sempre estão presentes no evento.

A proposta da Expogrande 2010 é que, não apenas criadores venham visitar a feira, mas que eles tragam seus animais e exponham aquilo que há de melhor em seus países. “Para isso, algumas questões sanitárias têm de ser resolvidas, o que já está sendo feito”, assegurou Maia.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Picarelli estréia na sua 3ª emissora a partir de segunda



Denis Matos

Marycleide Vasques
Picarelli estréia na Record na segunda-feira

Nesta segunda-feira, o deputado estadual e apresentador Maurício Picarelli (PMDB) estréia seu programa em nova emissora de televisão. Ele passará a apresentar o programa “Picarelli com Você” na TVMS, afiliada da TV Record em Mato Grosso do Sul.

Picarelli vai para a Record após passar três anos na Guanandi, afiliada da Bandeirantes. De acordo com o apresentador, a nova emissora possibilitará a transmissão de seu programa a 48 municípios do Estado, enquanto na antiga, era transmitido apenas na Capital.

O deputado foi apresentador do Programa O Povo na TV, da TV Campo Grande, afiliada do SBT, onde permaneceu por 24 anos, entre 1982 e 2006. Ele foi eleito deputado estadual pela primeira vez em 1986. Cumpre o sexto mandato na Assembléia Legislativa. Após as eleições de 2006, mudou o programa para a Guanandi.

Office boy -O deputado está no Estado há 28 anos. Ele iniciou sua carreira aos 13 anos de idade, em Bauru (SP). “Eu passei em frente a uma emissora de rádio e entrei, primeiro trabalhei como office boy e, quando minha voz engrossou, ganhei um programa”, brincou.

Apesar de ter quase 50 anos de carreira, Picarelli, 63 anos de idade, diz que não é escravo do trabalho, que considera “um aliado”. “O segredo é fazer o trabalho com amor, seja qual for sua profissão, é isso que traz o sucesso”.

O deputado também apresenta um programa de rádio na Capital FM e na Difusora Pantanal. Ele já teve programas nas emissoras de rádio Cultura e Transamérica.

Sensacionalismo – O programa “Picarelli com Você” tem quadros policiais e de solidariedade. Também distribui prêmios para os telespectadores. Em decorrência do programa ter as notícias policiais e de casos dramáticos como carro-chefe, Picarelli costuma ser chamado de sensacionalista.

A crítica não parece afeta-lo: “Mostrar a realidade não é sensacionalismo. E os quadros de solidariedade, nós ajudamos quem sofre. As pessoas assistem ao caso nos doam muitas coisas, que passamos às pessoas carentes”.

Políticos apresentadores – No último ano vários políticos e pré-candidatos estrearam programas de rádio e TV, preenchendo espaços na programação local do Estado.

Picarelli vê a “invasão” com ressalvas: “Eles se confundem, tem muito político fazendo rádio ou televisão, mas não são jornalistas. Querem aparecer e divulgar seu nome. Isso é valido dentro da normalidade, mas nesses casos, não é isso”, criticou.

O deputado comentou que muitos tentaram usar a carreira jornalística para se eleger e não conseguiram, “nem todos podem usufruir da popularidade e ganhar a eleição”.

Utilidade – Ao tratar de temas sociais e comunitários em seus programas, Picarelli diz que cruza a carreira de político com a de apresentador. “Eu converso com secretários, com o prefeito, com o governador. É uma autoridade conversando com eles, ajudamos mais a população dessa forma”, explica-se.

O deputado é casado com a vereadora Magali Picarelli, que apresenta o programa quando ele está em campanha (para cumprir a lei eleitoral) ou em compromissos oficiais.

Sobre o novo programa, ele diz que haverá novos quadros e algumas modificações para se adaptar à emissora.

E que o perfil continua o mesmo. “São 50 anos de profissão, e sucesso ininterrupto há 28 anos no Estado. Somos como o vinho, que melhora com a idade”, comentou.

O programa “Picarelli com Você” será exibido de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h30.