
MIDIAMAXNEWS
Jacqueline Lopes
Depois de ter sido barrada pela equipe multidisciplinar da Prefeitura de Campo Grande, ela teve que acionar a OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Mato Grosso do Sul) que acionou a Justiça Federal.
Alessandra de Souza
Após polêmica, a professora Telma Nantes, diretora presidente do Instituto Sul- Mato-Grossense para Cegos Florivaldo Vargas, deverá fazer parte do quadro de professores da Prefeitura Municipal de Campo Grande. Na próxima quinta-feira (20), ela, que é cega, deverá tomar posse, uma conquista que balançou com o prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) depois que a educadora denunciou preconceito da equipe multidisciplinar que a considerou inapta para assumir o cargo de professora de Educação Infantil (crianças de 1 a 6 anos).
O caso virou processo na Justiça Federal que além de pedir a posse, propõe que haja uma regulamentação para que o problema não mais aconteça. Telma foi aprovada em primeiro lugar para o cargo entre as pessoas com necessidades especiais.
Expectativa
Hoje, ansiosa, ela comemora a conquista. “A única coisa que faço questão é de contribuir com o meu trabalho”. Ela ainda não sabe onde vai lecionar, como vai ser sua atuação como educadora. Na quinta-feira ela toma posse e então deverá saber onde vai trabalhar. O valor do salário é de R$ 1,2 mil.
A professora chegou a conversar com o prefeito. Segundo ela, ele se mostrou sensível à política de colocação de pessoa com deficiência no mercado e lhe disse que iria nomeá-la e dar condição para que desenvolva o trabalho.
A prefeitura chegou a publicar no dia 19 de fevereiro a convocação e nomeação da professora no Diário Oficial do município. Porém, a candidata, que é portadora de deficiência visual em grau de cegueira biológica, não pôde tomar posse do cargo já que foi elaborado um parecer pela equipe multiprofissional, que considerou a candidata inapta ao cargo, fato que fez com que o prefeito de Campo, Nelson Trad Filho, tornasse sem efeito a sua nomeação.
O artigo 5º da Constituição Federal diz que todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza. “O prefeito considerou e anulou a decisão do médico”, finaliza Telma referindo-se ao episódio de desaprovação que segundo ela, foi uma experiência de preconceito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário