Estrutura do Aquário impressiona arquitetos de vários estados do País
Michel Faustino
Rui Ohtake acredita que Aquário cumprirá papel educativo e cultura, além ser somente uma atração turística. (Foto: Marcelo Calazans)
Profissionais de todo o País que participam de um encontro promovido pela IAB-MS (Instituto de Arquitetos do Brasil), na Capital, ficaram impressionados com a estrutura do Centro de Pesquisa e de Reabilitação da Ictiofauna Pantaneira, popularmente conhecido como Aquário do Pantanal, que está sendo construído no Parque das Nações Indígenas, nos altos da Avenida Afonso Pena. Na tarde desta sexta-feira (23), eles participaram de uma visita técnica ao Aquário que contou com a presença do autor do projeto, o arquiteto Rui Ohtake.
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Durante a visita, Ohtake destacou a importância do projeto, que segundo ele, trata-se de um marco no progresso cultural e cientifico de Mato Grosso do Sul. “É uma obra importante porque não tem o simples proposito de ser mais um aquário, uma atração turística. Vai além disso. Essa obra irá ter um papel importante na educação e na pesquisa”, disse.
O presidente da IAB-RJ, arquiteto Pedro Luz Moreira, destacou os elementos utilizados para a concepção do Aquário. E se disse impressionado com os detalhes que tornam o projeto “mais interessante”.
“É um projeto de um conceito técnico magnifico. Foi um projeto pensado. Onde se levou em conta tudo o que tem como conceito. A gente pode notar que houve um planejamento, um cuidado com o proposito de tornar esse aquário muito mais do que um simples aquário”, declarou.
Para o arquiteto e urbanista Amilcar Chaves, membro do Conselho Nacional de Arquitetura e Urbanismo, o projeto do Aquário do Pantanal possui um conceito “inovador”. Amílcar explica que a cúpula do Aquário, que lembra o corpo de um peixe, realça às características temáticas, que segundo ele, são às principais marcas desse tipo de obra.
“Essa temática é importante. Além disso serve o proposito que é oferecer um ambiente arejado e amplo. Onde os visitantes poderão circular com facilidade. Também contribui na distribuição dos aquários e torna a visita mais interessante”, disse.
Atrações -Com uma área total de cerca de 27 mil m² o empreendimento foi concebido para ser o maior aquário de água doce do mundo, com 6,6 milhões de litros de água. Serão 135 espécies de peixes, sem contar com os mamíferos e répteis. Os peixes serão distribuídos em 32 aquários, sendo que os outros em um “jardim aberto”, com sete lagunas, montado no centro da estrutura, que também contarão com espécies da flora de Mato Grosso do Sul.
O circuito de aquários irá mostrar desde a nascente, com peixes típicos deste habitat, até o “desaguar no oceano”, onde será a Aquaesfera. Neste ponto, os visitantes poderão andar “por dentro” do aquário.
No passeio no jardim aberto, os visitantes verão espécies da flora, como a Vitória-régia, e animais, como casais de lontras, antas e sucuris amarelas. Ainda poderão entrar por uma passarela, que passa por baixo do circuito de aquários, e acaba em um mirante, seis metros acima do Córrego Prosa, no Parque dos Poderes.
Ohtake afirmou que a estrutura do aquário é uma das melhores do Brasil, para visitação e pesquisas. “Sem receio, esse é o equipamento cultural mais completo do Brasil”, apontou, já que dentro do aquário terá um centro de pesquisas, com três laboratórios e um “hospital para os peixes”.
Além da diversão, os visitantes também contarão com um auditório, uma biblioteca digital, que ainda tem capacidade de armazenar 30 mil livros físicos, de acordo com Ohtake.
Um museu, que comportará a Bionave, uma estrutura, com capacidade para 12 pessoas, onde passaram filmes, com a tecnologia “6D”, onde os visitantes poderão realizar voos e mergulhos pela biodiversidade do Pantanal, também será disponibilizado dentro do museu.
Andamento das obras - Durante a visita Ruy Ohtake comentou ainda que espera a conclusão da obra pelo Governo do Estado. Ele disse ainda que irá continuar às visitas programadas.
“Eu não sei quando deve acabar, mas eu pretendo continuar vindo aqui para acompanhar. O que eu sei é que o novo governo disse que vai terminar, e isso me deixa mais confiante", ponderou.
Com custo inicial previsto de R$ 87 milhões, o Aquário do Pantanal, iniciado em 2012, já consumiu R$ 173 milhões dos cofres públicos, de acordo com a Comissão Temporária de Auditoria instalada pelo governo para verificar o andamento da obra.
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