Dilma chega a Nova York para abrir assembleia da ONU na terça
Presidente falará sobre crise e Oriente Médio no discurso de abertura.
Ela viajou com cinco ministros. Não há previsão de encontro com Obama.
Ela está acompanhada dos ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores), Aloizio Mercadante (Educação), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Aguinaldo Ribeiro (Cidades), Helena Chagas (Secretaria de Comunicação Social) e do assessor para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia. Não há compromissos oficiais da presidente previstos para este domingo nem para segunda-feira.
Será a segunda participação de Dilma na abertura da conferência – ela discursou na edição do ano passado. A presidente deverá abordar temas como crise financeira, meio ambiente e Oriente Médio. Tradicionalmente, o discurso de abertura é feito pelo chefe de Estado brasileiro porque o país foi o primeiro a aderir ao organismo internacional, em 1945.
passado da assembleia da ONU (Foto: Reuters)
Em 2011, Dilma foi a primeira mulher a fazer o discurso de inauguração da assembleia. Na ocasião, defendeu a criação do Estado palestino e exaltou o papel da mulher na política internacional.
Segundo assessoria do Planalto, no discurso deste ano, a presidente deverá falar sobre crise financeira internacional e reafirmar o modelo brasileiro de crescimento econômico, baseado em ações de inclusão social e fortalecimento do mercado interno.
Dilma deverá ainda incluir em seu discurso o tópico do meio ambiente, uma vez que recentemente o Brasil encabeçou o assunto ao sediar a Rio+20.
A questão da violência no Oriente Médio também deve ser abordada no discurso da presidente, motivada pelos recentes ataques a representações diplomáticas dos Estados Unidos. Grupos islâmicos têm protestado contra um filme norte-americano que, de acordo com esses grupos, desrespeita o islamismo.
Antes da abertura, Dilma terá uma reunião bilateral com o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki Moon. No mesmo dia, está prevista sua participação em um evento do Council on Foreing Relations, uma organização norte-americana independente dedicada a pesquisa e a estudos de relações internacionais. Dilma retornará ao Brasil na quarta-feira (26), de acordo com assessoria do Planalto.
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ObamaSegundo assessoria do Itamaraty, não está prevista reunião bilateral com o presidente norte-americano, Barack Obama, atualmente em campanha pela reeleição.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, chegou a desmentir na última sexta-feira (21) a possível reunião entre os presidentes.
A viagem a Nova York ocorre em meio a desentendimento dos governos brasileiro e norte-americano em relação a tarifas de importação.
Nesta semana, por meio de carta, o representante dos Estados Unidos para Assuntos Comerciais, Ron Kirk, chamou os aumentos tarifários adotados pelo Brasil de "medidas protecionistas".
O governo brasileiro anunciou este mês a elevação de tarifas de importação de 100 produtos de 12% para 25% em média. Para Patriota, as medidas estão "dentro da legalidade".
"Consideramos injustificável e inaceitável tanto no conteúdo quanto na forma essa manifestação do responsável pelo comércio norte-americano", afirmou o ministro na última sexta.
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