quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Bernal vence Giroto no segundo turno, aponta DATAmax (Lidiane Kober)


DATAmax


A quarta rodada da pesquisa DATAmax em Campo Grande indica segundo turno entre os candidatos Edson Giroto (PMDB) e Alcides Bernal (PP), pois nenhum dos dois registra 50% dos votos válidos mais um voto. Giroto obteve 40,5% e Bernal 38,5% dos votos válidos.

Na simulação do segundo turno, o deputado estadual Alcides Bernal (PP) seria eleito prefeito de Campo Grande com 46,9% das intenções de voto contra 35,8% do candidato do PMDB.

A vantagem de Bernal em relação a Giroto subiu de 6,6 pontos percentuais para 11,1 pontos percentuais, em comparação ao levantamento anterior, realizado entre os dias 11 a 14 de agosto.

Bernal cresceu 4,8 pontos percentuais, passando de 42,1% para 46,9% das intenções de voto, e o índice de Giroto praticamente se manteve inalterado, de 35,5% para 35,8%.

Ainda de acordo com a simulação de segundo turno, 12,1% dos entrevistados se declararam indecisos e 5,2% informaram não votar em nenhum dos dois candidatos a prefeito da Capital.

O DATAmax ouviu 480 eleitores, entre 24 a 27 de agosto. A margem de erro é de 4,5% para mais ou para menos e o grau de confiança é de 95%. A amostragem foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) dia 23 com o número MS-00118/2012.

 Imprimir  Enviar  Compartilhar  Voltar  Comentar
Notícias relacionadas

domingo, 26 de agosto de 2012

Sindicato dos Jornalistas publica nota em repúdio à atitude de Puccinelli contra a liberdade de imprensa (Tavane Ferraresi)


O Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso do Sul (SindJorMS) publicou nota neste sábado (25), repudiando a atitude do governador André Puccinelli (PMDB). Nesta sexta-feira (24), Puccinelli abriu processo contra  o diretor do Midiamax, Carlos Eduardo Belineti Naegele e o repórter Pio Redondo por terem veiculado vídeo em que ele aparece garantindo as intenções de votos dos servidores para o candidatos governistas.

Segue a nota na íntegra:

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul – SindJorMS – vem a público reforçar sua posição contrária a quaisquer tentativas de censura e atos que atentem contra a liberdade de imprensa, garantida na Constituição Federal Brasileira em seu estado democrático de direito. A manifestação e a livre circulação de informações, de opiniões, de idéias e de pensamentos são conceitos basilares nas democracias modernas e o SindJor-MS condena todo e qualquer tipo de censura, seja ela velada ou explícita, realizada por agente público ou privado, do conteúdo jornalístico divulgado pelos meios de comunicação, entendendo que ações dessa natureza são contrárias aos pilares fundamentais de uma sociedade moderna e evoluída. Nesse sentido, o SindJor-MS acredita que o bom jornalismo deve se pautar pela apuração precisa, pela verdade no relato, pela divulgação correta, sem fraudes ou manipulações, ouvindo sempre os envolvidos nos fatos, especialmente aqueles que são objeto de acusações em reportagens em respeito à garantia constitucional do direito à ampla defesa. Assim, o Sindicato condena qualquer ato, seja ele praticado por profissionais ou por empresários de comunicação, que desrespeite essa premissa, pois acreditamos que os veículos de comunicação devam servir ao interesse público e jamais sejam utilizados como instrumentos de interesses outros, sejam esses de natureza político-partidária ou de natureza financeira, ferindo os princípios basilares da democracia citados e em vigência em nosso país. O SindJor-MS defende e atua sob os preceitos do Estado Democrático de Direito, de modo que apoia na mesma proporção tanto o sagrado direito à informação livre quanto o respeito ao direito de defesa de pessoas ou instituições acusadas por meio de trabalhos jornalísticos, por entender que ambos os princípios estão amparados pela Constituição Brasileira e pelo Código de Ética dos Jornalistas.

sábado, 25 de agosto de 2012

PT mostra força e leva multidão a caminhada no centro de Campo Grande (Lidiane Kober & Cleber Gellio)


Em comemoração ao aniversário de 113 anos de Campo Grande, o PT, do candidato a prefeito Vander Loubet, levou, na manhã deste sábado (25), uma multidão de militantes e simpatizantes às principais ruas da Capital. As estrelas do partido puxaram a caminhada e gritavam pelo fim da ditadura, em menção a vídeo publicado pelo Midiamax, que mostra o governador André Puccinelli (PMDB) coagindo eleitores a votar nos candidatos governistas.

O ato político atraiu olhares e sorrisos de diversos campo-grandenses que circulavam pelo centro da cidade. Chamou a atenção a união dos petistas, com a participação do senador Delcídio do Amaral, do ex-governador Zeca do PT, do deputado federal Antônio Carlos Biffi, dos deputados estaduais Cabo Almi e Pedro Kemp, de vereadores e do presidente regional da legenda, Marcus Garcia, na caminhada.

“Agora é hora de cada vez mais ir às ruas”, declarou Vander sobre a estratégia de campanha da sigla. Segundo ele, o partido vai ao segundo turno da eleição com “emoção, conteúdo e povo”.

Delcídio engrossou o discurso e informou que investimentos serão feitos para “espalhar o nome de Vander por Campo Grande”. “Com mais estrutura de campanha, vamos mostrar tudo o que fizemos, mobilizar a militância e eu não tenho dúvida nenhuma, o PT vai crescer”, declarou.

Empolgado com a caminhada, Zeca reforçou que a campanha ganhará força para levar Vander ao segundo turno da eleição. “A partir de agora, vamos intensificar rua, motivar a militância e o PT motivado tem naturalmente em Campo Grande 25%”, opinou.

Ele ainda destacou que com a caminhada o partido mostrou que está resgatando as origens. “É histórico nas campanhas do PT a ocupação da rua, a conquista do voto democraticamente, ganhar o imaginário, ganhar a cabeça das pessoas. A caminhada tem esse sentido emblemático e simbólico”, comentou.

Peculiaridades e alegria

Para alegrar a caminhada, os petistas abusaram da criatividade e deram um colorido especial ao ato político. Vários militantes foram fantasiados de Chaves, Chiquinha, Homem Aranha, entre outros. Malabaristas deram um tom divertido ao evento e bonecos gigantes dos candidatos se destacaram entre a multidão.

Os petistas estimaram a presença de cerca de 3,5 mil pessoas na caminhada. A multidão deu voz a pedido de “abaixo à ditadura, PT na prefeitura”. No microfone, militantes pediam “mais emprego e menos impostos”. E cartazes simbolizaram o apelo “por uma cidade mais justa e por respeito às



sexta-feira, 24 de agosto de 2012

PMDB ignora vídeo de Puccinelli e faz falsa acusação ao Midiamax; veja toda gravação (Pio Redondo)


Leia, assista ao novo vídeo integral e compare com as acusações do PMDB contra a reportagem do Midiamax. A verdade é muito fácil de ser estabelecida.

“Manipulação grosseira”. Assim o líder do PMDB na Assembleia, deputado estadual Eduardo Rocha, desclassificou a reportagem do Midiamax sobre a reunião de Puccinelli com servidores estaduais, publicada na edição de ontem (21/8), na qual um vídeo mostra o governador decidindo votos em vereadores para os funcionários públicos da Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas).

A nota foi além, referindo-se à atuação do governador, na versão do presidente do PMDB estadual, Esaquel Nascimento: “Aquele vídeo não mostra nenhuma pressão por parte do André, ele não estava ali como governador, mas sim como correligionário”, destacou.

Para o deputado estadual Junior Mochi, líder do governo na Assembleia Legislativa, a reunião foi normal: “Além disso, como correligionário, ele fez recomendações daquilo que ele acredita ser o melhor quadro para o grupo político na futura administração e pediu o apoio dos presentes”.

Segundo a nota, a reportagem teve intenção de prejudicar a candidatura de Giroto: “Para os governistas, a denúncia traduz uma tentativa de mácula e reversão do cenário político que aponta preferência pela candidatura de Edson Giroto, candidato peemedebista citado em primeiro lugar nas pesquisas de intenções de voto”.

Talvez a preocupação do PMDB ocorra em função da imensa repercussão nacional da reportagem, em vista do ineditismo da ação do governador que, em alto e bom som, aprovava ou mudava o nome do candidato a vereador citado pelo servidor, num roteiro igual, nome por nome, do começo ao fim de todos os presentes. Eles foram inquiridos pelo correligionário Puccinelli, que às vezes fazia pequenas brincadeiras acompanhadas de risos gerais, a partir de uma lista pré-confeccionada e visível no vídeo. Todos são servidores nomeados, via de regra, por indicação política da base de Puccinelli.

O jornal Folha e São Paulo e outros veículos chegaram a noticiar o fato, depois de acessarem o vídeo de Midiamax.

Em jornalismo, edição de vídeo é parte do trabalho de edição

Em redações os vídeos são normalmente editados para facilitar a compreensão do expectador, e por conta do tempo que consumiriam caso fossem veiculados "brutos", como é o caso do atual vídeo dessa reportagem.

Nela vão ser encontradas as mesmas cenas do vídeo editado, que não teve nenhuma manipulação, a não ser a de selecionar o conteúdo, o que é parte da profissão. Nas redações de televisão existe até a figura do "editor de imagem", que trabalha em conjunto com o "editor de texto".

Mais uma vez, para demonstrar aos dirigentes do PMDB aquilo que eles talvez saibam  bem antes da redação do Midiamax, vamos publicar a íntegra do vídeo de Puccinelli, bruto, como se diz em linguagem televisiva.

Com isso, apenas ficará evidente que o processo de leitura de inquirição dos votos do governador Puccinelli, em defesa da candidatura de Giroto, foi muito mais extenso que o publicado no primeiro vídeo. E até maior que este vídeo atual, com apenas dez minutos, de uma reunião que deve ter demorado mais de hora para terminar.

A versão integral do vídeo será periciada pela Polícia Federal, que identificará e ouvirá os citados, a pedido do Ministério Público Eleitoral, que obteve autorização da Justiça Eleitoral para realizar este inquérito. O prazo fixado pela Justiça Eleitoral para coleta de depoimentos é de 10 dias.

No entanto, é de se considerar que os comissionados que estavam na reunião, e citados no vídeo integral ficaram em situação difícil porque boa parte surgiu do arco de alianças que agora tem Giroto como candidato a prefeito de Campo Grande.

Sócio fundador do Midiamax vai processar autores da nota ofensiva

Carlos Eduardo Naegele, diretor do Midiamax, lamenta que o deputado Eduardo Rocha e o presidente estadual do PMDB, Esacheu Nascimento, “façam acusações levianas que atentam contra seriedade do Midiamax”.

“O vídeo será submetido à perícia da Polícia Federal por demanda do Ministério Público Eleitoral. Agora, tem mais esse, na íntegra, que não só ratifica a publicação do editado, como acrescenta mais informações à investigação oficial” declarou Carlos Naegele.

E concluiu: “Os dirigentes do PMDB vão responder judicialmente pela acusação infundada!”.


VEJA A ÍNTEGRA DA NOTA DO PMDB

PMDB rebate acusações feitas contra André Puccinelli

O Partido do Movimento Democrático Brasileiro - PMDB e a coligação “Mais Trabalho por Campo Grande” rebateram as acusações feitas contra André Puccinelli, após veiculação de um vídeo manipulado no qual o governador aparece conversando com lideranças, militantes, simpatizantes e filiados do partido as projeções do quadro político para as eleições deste ano.

A edição no vídeo é uma prova clara da tentativa de desmoralização e descrédito da campanha do grupo, sob a alegação de que Puccinelli estaria obrigando eleitores a votar nos candidatos governistas, lideranças do âmbito municipal e estadual do partido manifestaram-se para esclarecer e alertar sobre interesses eleitoreiros por trás das imagens. O presidente estadual do PMDB, Esacheu Nascimento, frisou que a reunião aconteceu no auditório da sede do partido, fora do horário de expediente e que a presença do governador não configurava a atuação de líder do executivo estadual, mas sim como um dos coordenadores do processo de sucessão à prefeitura de Campo Grande e disposição das cadeiras do legislativo municipal. “Aquele vídeo não mostra nenhuma pressão por parte do André, ele não estava ali como governador, mas sim como correligionário”, destacou.

O líder do partido na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado estadual Eduardo Rocha, rebateu as acusações na sessão da última quinta-feira (16). “A reunião foi publica, não temos nada a esconder. Uma reunião aberta onde foram debatidos os rumos do partido na sucessão municipal. O vídeo é uma manipulação grosseira”. O nome do governador também foi defendido pelo deputado Antônio Carlos Arroyo (PR). “Tem muita fantasia nestas denúncias”, resumiu.

Para o deputado estadual Junior Mochi, líder do governo na Assembleia Legislativa, disse que o que as imagens mostram a solicitação de Puccinelli para que os presentes manifestassem suas intenções em relação ao pleito. “Além disso, como correligionário, ele fez recomendações daquilo que ele acredita ser o melhor quadro para o grupo político na futura administração e pediu o apoio dos presentes”, explica.

A presidente do diretório municipal do PMDB, Carla Stephanini, afirmou que “em momento algum as imagens revelaram qualquer indício de irregularidade. O que aconteceu foi uma reunião de militantes onde a campanha eleitoral foi discutida amplamente. A reunião era aberta, a ela teve acesso quem quis. Ninguém foi obrigado a ir”, declarou.

A análise das imagens ainda revela manipulação, por meio da edição de vídeo e o diálogo entre duas pessoas que comentam sobre uma “exoneração”, que em momento algum foi mencionada pelo governador André Puccinelli. O vídeo veiculado não faz qualquer alusão ao fato de que os interlocutores sejam servidores públicos estaduais. A direção do partido informou que a reunião aconteceu nas dependências do diretório, fora do horário de expediente e que os simpatizantes do partido compareceram espontaneamente. Para os governistas a denúncia traduz uma tentativa de mácula e reversão do cenário político que aponta preferência pela candidatura de Edson Giroto, candidato peemedebista citado em primeiro lugar nas pesquisas de intenções de voto.




segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Em simulação do 2º turno, Bernal vence Giroto e seria eleito prefeito de Campo Grande


  Lidiane Kober
DATAmax

Em eventual segundo turno com o deputado federal Edson Giroto (PMDB), o deputado estadual Alcides Bernal (PP) seria eleito prefeito de Campo Grande, segundo pesquisa do DATAmax. No levantamento, ele aparece com 42,1% das intenções de voto contra 35,5% do candidato governista. Votos brancos e nulos somaram 8,8% e 13,8% dos entrevistados se declararam indecisos.

Entre 11 a 14 de agosto, o DATAmax ouviu 480 eleitores. A margem de erro da amostragem é de 4,5% para mais ou para menos e o grau de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) dia 12 de agosto com o número MS 00082/08.

Ainda conforme o levantamento, Bernal aparece melhor colocado entre o público feminino, com 42,2% de aprovação, enquanto Giroto figura com maior cotação entre os homens, com 37,5% das intenções de votos.

No quesito situação econômica Bernal apresentou o maior percentual de preferência na classe A (45,5%) e pior entre os entrevistados da classe C (40,5%). Giroto, por sua vez, recebeu maior margem de votação na classe C (37,5%) e o pior entre classe D (27,7%).

Quando o assunto são as regiões de Campo Grande, Bernal aparece melhor colocado na região do Imbirussu com 45% das intenções de votos. Ele só perde para Giroto na região central, onde somou 33,5% da preferência do eleitor contra 42,2% em favor do governista.

Na simulação do primeiro turno, Bernal e Giroto estão tecnicamente empatados como mostra o DATAmax. Em comparação à segunda rodada da pesquisa, o governista subiu três pontos percentuais e assumiu a liderança da disputa, com 28,5% das intenções de voto contra 26,3% de Bernal. O deputado federal Vander Loubet (PT) segue na terceira posição, com 7,7% da preferência do eleitor. O também deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) figura na quarta colocação, com 4,8%.

O vereador Marcelo Bluma (PV) aparece com 1,5% das intenções de votos, seguido do funcionário público Suél Ferranti (PSTU), com 0,2%. O professor Sidney Melo (Psol) não pontuou na pesquisa. Votos brancos e nulos somaram 4,6% e 26,5% dos entrevistados se declararam indecisos.

Levando em conta os votos válidos, ou seja, excluindo os indecisos, nulos ou brancos, a pesquisa indica segundo turno em Campo Grande, porque nenhum dos candidatos alcançou 50% dos votos





quinta-feira, 16 de agosto de 2012

:Kemp engrossa denúncia de coação de servidores e gera bate-boca na Assembleia

  Lidiane Kober
Giuliano Lopes/AL

Kemp também implorou fiscalização por parte da Justiça Eleitoral


Um dia depois de o vereador Athayde Nery (PPS) denunciar na Câmara Municipal a coação de servidores públicos para apoiar a candidatura a prefeito de Campo Grande de Edson Giroto (PMDB), o deputado Pedro Kemp (PT) levou, nesta quinta-feira (16), o debate à Assembleia Legislativa e acabou gerando bate-boca. Isso porque os governistas não gostaram nenhum pouco das críticas contra o governador André Puccinelli (PMDB) e partiram para o contra-ataque.

Na tribuna, Kemp disse que tanto Puccinelli quanto o prefeito Nelsinho Trad (PMDB) convocam funcionários para reuniões e perguntam individualmente em quem cada um vai votar. "Eu ouvi de servidores que o próprio governador e o próprio prefeito reúnem-se com eles, fazem fila e perguntam pra quem vão votar”, revelou. “Isso é uma violência, uma afronta, um desrespeito!!”, emendou.

Indignado com a falta de democracia, o petista implorou medidas dos órgãos competentes. “Eu imploro à Justiça Eleitoral para observar as regras”, apelou. “Não vamos fiscalizar água e bolacha nas reuniões, vamos fiscalizar coisas mais graves”, completou. Seguindo a mesma linha de raciocínio, Kemp incentivou os funcionários a denunciar o abuso de poder. “Não vamos baixar a cabeça, vamos denunciar”, sugeriu.

Em defesa dos governistas, o deputado Antônio Carlos Arroyo (PR) pediu um aparte e deu início a troca de acusações. “Tem muita fantasia nestas denúncias e não é diferente do que acontecia no passado”, afirmou, fazendo menção à gestão do ex-governador Zeca do PT.

Kemp não perdoou a cutucada, afastou “fantasias” e ressaltou que não se pode justificar o erro a fatos observados anteriormente. “Eu fui secretário do governo Zeca e nunca chamei servidores e coloquei em fila para saber em quem cada um vai votar”, rebateu.

Clima ferve

Encerrado o tempo regimental de Kemp na tribuna, foi a vez do líder do PMDB, deputado Eduardo Rocha, pedir a palavra para rebater as acusações. Ele não poupou os petistas e fez duros ataques ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT) deixando a oposição revoltada.

“No governo do PT, ao contrário da administração do André, tem greve e a presidente vira as costas”, declarou o peemedebista. “No governo da Dilma tem greve, mas ela não cessa o diálogo igual o governador e muito menos corta o ponto dos manifestantes”, rebateu o deputado cabo Almi (PT).

Rocha não parou os ataques e acusou o governo do PT de ajudar a enriquecer os bancos. “Quem mais ganhou dinheiro no governo do PT foi os bancos”, disse. A declaração tirou Kemp do sério. “Vossa excelência atira muito para tudo que é lado, tem que ter mais cuidado, estou falando de uma coisa séria que está acontecendo hoje”, frisou.

Em tom alterado, o petista também não admitiu comparação do governo de Dilma com o de Puccinelli.  “Não venha querer comparar o meu governo com o seu, o seu governo acaba greve na base da ameaça”, disparou. Rocha não sossegou e emendou “não comparo porque o meu governo aumenta os salários”.

Panos quentes

Percebendo os ânimos exaltados, Arroyo pediu a palavra e destacou que o importante não é o partido dos governantes. “Tanto a presidente quanto o governador foram eleitos pelo povo e não pelos partidos”, ressaltou. O clima de panos quentes, no entanto, parou a partir do momento que o parlamentar classificou como “natural” saber para quem os funcionários vão votar.

“Não é verdade que o governador obriga os servidores a votar em quem ele quer, o que ele não aceita, e isso é natural, que um funcionário de sua confiança vá, por exemplo, trabalhar para o Vander Loubet (PT)”, comentou. “Vamos deixar de ironia, de falsidade”, completou.

Na sequência, Arroyo voltou ao passado e lembrou ocasião na qual o ex-governador Zeca cercou a governadoria de cachorros para evitar o debate com grevistas. No momento, Kemp aguardava sua vez de falar, irritando o colega de Casa. “Deixa eu terminar meu aparte, vossa excelência se exaltou aqui e agora é minha vez de falar”, disparou Arroyo.

Em resposta, o petista lembrou que, na gestão de Zeca, Arroyo apoiava o petista. “E com muita força e vontade”, destacou.

Em tom mais ameno, o tucano Márcio Monteiro entrou no debate e aproveitou para defender a candidatura a prefeito do deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB). “A alternância de poder é importante para conhecer outras formas de governar e reitero a posição de que o PSDB vem apresentar um novo modelo de governo para Campo Grande”, disse.

Encerrando o debate quente, cabo Almi, vice de Vander na corrida pelo comando da prefeitura, classificou a suposta coação de servidores como “jogo pesado”. “Porque os governistas estão desesperados, pois sabem que terão de enfrentar o segundo turno”, explicou.



sábado, 11 de agosto de 2012

Zeca assegura que pacto da oposição está firme para ‘derrotar Giroto’ no 2º turno


  Lidiane Kober
Divulgação

Para Zeca, fim do governo do PMDB é sinônimo do fim “do terror e da pressão”


Lançado pelo deputado federal Vander Loubet (PT), o pacto em torno da oposição unida em eventual segundo turno da eleição em Campo Grande segue “firme”, segundo o ex-governador Zeca do PT.

O objetivo do acordo é garantir apoio do grupo ao candidato que passar para a próxima etapa do pleito em disputa com o candidato governista, deputado federal Edson Giroto (PMDB).

“Sou o primeiro a estar no palanque de quem quer que vá ao segundo turno, porque o nosso desafio é derrotar o Giroto”, declarou. Para ele, o fim do governo do PMDB em Campo Grande é sinônimo do fim “do terror e da pressão”. “Campo Grande merece uma administração democrática”, defendeu.

Zeca destacou ainda que é de interesse de todos os candidatos manter o pacto “firme” para somar força em eventual segundo turno. “Temos esse compromisso de seguir juntos e vamos seguir”, apostou.

Depois de lançar o pacto, Vander ganhou a confirmação de adesão do deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) e do deputado estadual Alcides Bernal (PP).




terça-feira, 7 de agosto de 2012


Aparelhos de radioterapia doados pelo ministério da Saúde vão para rede privada no MS

Pio Redondo

O valor a ser gasto pelo governo federal na compra de cinco aceleradores lineares é de R$ 34,3 milhões, incluindo a construção da unidade de radioterapia, a instalação e a formação técnica dos operadores dos novos equipamentos.
O ministério da Saúde até já convocou uma audiência pública – prevista para o dia 10 de agosto, “que destina-se à aquisição de equipamentos para 80 hospitais do país que vão passar a oferecer os serviços na área oncológica” segundo o ministério da Saúde.
No MS, pelos planos da secretaria da Saúde, aprovados pelo CIB- Comissão Intergestora Bipartite - as novas estruturas e os aceleradores funcionarão dentro dos hospitais privados conveniados ao SUS.
A CIB reúne gestores do governo do MS e das prefeituras. Seu comando é da secretaria da Saúde, a mais alta autoridade estadual do setor.
O Hospital Regional Rosa Pedrossian já estava excluído desse processo bancado pelo governo federal, como oficializou à Assembleia Legislativa, ainda em setembro de 2011, a própria secretária de Saúde Beatriz Dobashi.
"Não há dotação orçamentária do governo estadual para atender essa demanda, haja vista que precisamos manter e atualizar a complexa estrutura já existente", afirmara a secretária.
Governo do MS não fornece lista de hospitais beneficiados
Depois de inúmeras tentativas, em vão, para obter do governo Puccinelli a relação dos hospitais que receberão os novos aceleradores lineares, a reportagem do Midiamax encontrou documentos que revelam, de fato, os planos da Secretaria Estadual de Saúde (SES).

A CIB não forneceu a ata que, mesmo não publicada, existe oficialmente. E remeteu a reportagem para Assessoria de Comunicação do governo, que adotou a mesma postura, justificando que a ata não fora ainda divulgada pela CIB.

Diante das negativas, a reportagem falou diretamente com a Coordenação-Geral de Alta Complexidade do Ministério da Saúde, em Brasília. Lá obteve a relação pretendida.

Mas a partir daí surgiram contradições entre ministério da Saúde e governo do MS: embora o HR não tenha e nem terá radioterapia, o ministério da Saúde está destinando novos equipamentos para o maior hospital público do MS, 100% SUS.

A informação consta no processo de licitação nº 25000.096286/2012-93, que serve para instruir eventuais empresas interessados em fornecer e montar a infraestrutura dos novos equipamentos.

No processo é possível localizar a compra de equipamentos para o HR: “Plano de expansão da Radioterapia no SUS criação de novos serviços de radioterapia com braquiterapia - “MS Campo Grande (...) Hospital Regional de Mato Grosso do Sul/Fundação Serviços de Saúde de Mato Grosso do Sul”.

E não é só: estão incluídos o Hospital da Universidade Federal do MS, o HU, a Santa Casa de Campo Grande e a Santa Casa de Corumbá (as duas sob intervenção municipal) e o Hospital Evangélico de Dourados.

Da relação do ministério da Saúde não consta o Hospital do Câncer, dirigido por Adalberto Siufi – que já tem o acelerador da sua Neorad contratado pela Santa casa, via SUS.

Mas, há uma brecha no edital do ministério que permite que o hospital do Câncer, que atende particulares, convênios e o SUS, ganhe um acelerador linear, novinho em folha, do governo federal.

O ministério da Saúde vai desclassificar hospitais inadequados ou onde haja desistência de um dos hospitais selecionados.

Ou seja, se o governo do Estado e a Secretaria Estadual de Saúde não quiserem receber a doação milionária do governo do governo federal, que incluem as instalações, o equipamento e o pagamento das despesas de funcionamento pelo SUS, abre-se a possibilidade de convocação de outros cinco hospitais indicados pelo CIB do MS.

E aí, fatalmente, o hospital do Câncer será contemplado, como comprovam os documentos públicos encontrados pela reportagem.

Relação de hospitais do MS está no D.O.

Apesar das negativas do governo do Estado e da CIB em informar a decisão sobre a destinação dos aceleradores, a reportagem a encontrou em publicações, inclusive no Diário Oficial do MS.

No último dia 3 de julho, o D.O. do MS informou que a secretária Beatriz Dobashi ratificou, em 27 de junho, a decisão do CIB de 20 de junho, com a relação dos hospitais que terão novos serviços de radiologia. A mesma decisão que a assessoria e a CIB não repassaram para a reportagem.

E nessa relação consta o Hospital do Câncer de Campo Grande.

Quanto ao HR, a relação afirma que haverá ampliação da oncologia pediátrica, e não há uma linha sequer sobre radioterapia (como a própria secretária já afirmara).

Na mesma relação, entram ainda a Santa Casa de Campo Grande, a Santa Casa de Corumbá e o Hospital Evangélico de Dourados.
Se o HR e o HU forem excluídos da instalação dos novos aceleradores, dos outros quatro hospitais, um deles poderá ficar com dois equipamentos.

Veja a relação do Diário Oficial de 3 de julho de 2012. Em arquivo anexo abaixo, o edital do Ministério da Saúde




Clique aqui para abrir o arquivo
Notícias relacionadas
05/06/2012
20h44 Câmara aprova prazo para SUS atender pacientes
23/05/2012
07h56 MS pode perder parte dos R$ 505 milhões da Saúde para implantar moderna radioterapia
18/04/2012
11h43 Ministério vai investir R$ 505 milhões em unidades de tratamento contra o câncer no SUS

domingo, 5 de agosto de 2012

Bernal segue com menor rejeição e índice cai ainda mais, aponta DATAmax


  Lidiane Kober


Alcides Bernal permanece como candidato com menor indice de rejeição entre os eleitores
Dos sete candidatos a prefeito de Campo Grande, o deputado estadual Alcides Bernal (PP) segue com menor índice de rejeição, aponta nova rodada de pesquisa do DATAmax. Dos 480 entrevistados, apenas 1,3% informaram não votar no parlamentar. Na pesquisa anterior, realizada de 14 a 18 de julho, 3% se manifestaram contra a candidatura de Bernal.

Praticamente empatados na segunda colocação, estão o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) e o vereador Marcelo Bluma (PV). No primeiro levantamento, ambos figuram com 4% de reprovação entre eleitores campo-grandenses. Agora, registrou-se pequena elevação nos dois casos. O tucano viu sua rejeição subir de 4% para 4,4% e Bluma de 4% para 4,2%.

O professor Sidney Melo (Psol) figura com 6,5% de rejeição e o funcionário público Suél Ferranti (PSTU) com 8,1%. Nos dois casos, a pesquisa aponta crescimento na reprovação. No levantamento anterior, Sidney era rejeitado por 5% dos entrevistados e Suél por 7%.

Os deputados federais Vander Loubet (PT) e Edson Giroto (PMDB), representantes dos maiores partidos do Estado, continuam no topo da pesquisa no quesito rejeição. No total, 14% dos entrevistados informaram jamais votar no candidato governista, enquanto 18,3% se recusam a eleger o petista. Na primeira pesquisa do DATAmax, Giroto apareceu com 13% de reprovação e Vander com 19%.

A amostragem informa ainda que 23,8% dos eleitores não rejeitam nenhum candidato e 16% preferiram não se manifestar, enquanto outros 3,3% reprovam os sete nomes apresentados para concorrer à prefeitura da Capital. Na amostragem anterior, 26% dos eleitores disseram não rejeitar nenhum candidato.

Estratificação

Giroto, Vander, Bernal e Azambuja aparecem com maior rejeição entre os homens. O candidato governista figura com índice de reprovação de 18,3%, o petista com 19,6%, Bernal 2,2% e o tucano é rejeitado por 4,9% dos homens ouvidos pelo instituto.

Quando o assunto é a situação econômica, Vander e Giroto aparecem com reprovação maior entre os mais ricos: 38,9% dos entrevistados da classe A se negam a votar no petista e 22,2% no candidato da situação.

Por outro lado, Bernal e Azambuja figuram com rejeição menor entre os mais humildes. O candidato do PP é reprovado por 1,9% dos entrevistados da classe D e o tucano por 5,8%.

O instituto de pesquisa ouviu 480 campo-grandenses entre 27 a 30 de julho. A margem de erro para mais ou para menos é de 4,5% e o grau de confiança é de 95%. O registro foi efetivado no dia 28 com o número MS-00067/2012.



quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Candidato a prefeito de Campo Grande, Bernal defende ‘cruzada pelo voto ético’


  Lidiane Kober e Tavane Ferraresi
Giuliano Lopes/AL

Segundo Bernal, o poder econômico está entrando com tudo na eleição


No retorno dos trabalhos parlamentares, o deputado estadual Alcides Bernal (PP) voltou a manifestar preocupação com a chance de o poder econômico influenciar na disputa pelo comando da Prefeitura de Campo Grande e conclamou a população para combater a possibilidade com uma “cruzada pelo voto ético”.

“Acho que o poder econômico está sendo muito forte, estou sabendo que o candidato da situação vai contratar milhares de pessoas, estou sabendo que ele está exercendo pressão na cabeça de ocupantes de cargos comissionados e recebi informação de que eles estão tentando cooptar vereadores da nossa chapa para tentar nos fragilizar”, disse Bernal, nesta quarta-feira (1), durante sessão na Assembleia Legislativa.

O candidato, no entanto, espera contar com o voto do eleitor consciente. “Temos certeza que a população está acompanhando e não vai permitir que a força do poder econômico, a pressão e a soberba se sobreponha a este público que quer renovação”, comentou. “Tenho muita confiança nos eleitores conscientes do nosso município. Espero contar com eles para fazer uma cruzada pelo voto ético”, acrescentou.

Sem ajuda

Indagado se a direção nacional do PP confirmou enviar profissionais para ajudá-lo na elaboração de estratégias de campanha, Bernal mudou o discurso e informou ter que se virar sozinho. “O marqueteiro da minha campanha sou eu mesmo e quem me ajuda dando as dicas são as pessoas. Todos sabem que essa disputa que estou fazendo é do tostão contra o milhão”, concluiu.