As candidatas desfilaram com trajes típicos, de banho e gala. Vestida com um quimono, Kettryllen representou a colônia japonesa da capital, considerada a segunda maior do país. “Eu nem acredito que ganhei esse é um motivo a mais para eu sair daqui e me ressocializar”.
A cidade de Três Lagoas, distante 338 quilômetros de Campo Grande, ficou em segundo lugar na disputa, Sidnéia Hipolito de 23 anos representou a cidade e conquistou votos dos jurados. “Todos ficaram torcendo por mim lá em Três Lagoas, estou muito feliz. É um grande sonho realizado”.
Mais de 200 detentas torceram pela campo-grandense, além dos desfiles a tarde contou com apresentações musicais que animaram as internas e os jurados. A diretora do presídio, Dalma Fernandes de Oliveira, afirma que o envolvimento das internas na preparação da festa ajuda na ressocialização delas com a sociedade.
“Ontem ficamos até às 20h arrumando tudo, elas ficam muito felizes e o ambiente se transforma. É uma emoção muito grande para gente poder proporcionar isso para elas”, afirma Dalma.
Miss Simpatia
A representante de Corumbá, distante 444 quilômetros de Campo Grande, foi presa por tráfico de drogas quando chegava no Brasil, há seis meses. A angolana conta que ganhar o terceiro lugar e o título de miss simpatia foi uma surpresa. “Eu não esperava por isso, nunca imaginei participar de um concurso de beleza no Brasil. É uma emoção e felicidade muito grande”.
O Miss Penitenciária MS foi realizado pela quarta vez, de acordo com a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Mato Grosso do Sul, é o único estado a promover o concurso. Esta foi a primeira vez que Campo Grande saiu vencedor na disputa.
